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22/05/2017

{Resenha} A viúva - Fiona Barton

22/05/2017
Que livro ruim. Que perda de tempo.

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Título: A viúva
Título original: The Widow
Autora: Fiona Barton
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 304
Avaliação: 1,5 / 5  😡

Ao longo dos anos, Jean Taylor deixou de contar muitas coisas sobre o terrível crime que o marido era suspeito de ter cometido. Ela estava muito ocupada sendo a esposa perfeita, permanecendo ao lado do homem com quem casara enquanto convivia com os olhares acusadores e as ameaças anônimas.
No entanto, após um acidente cheio de enigmas, o marido está morto, e Jean não precisa mais representar esse papel. Não há mais motivo para ficar calada. As pessoas querem ouvir o que ela tem a dizer, querem saber como era viver com aquele homem. E ela pode contar para eles que havia alguns segredos. Afinal, segredos são a matéria que contamina (ou preserva) todo casamento.
Narrado das perspectivas de Jean Taylor, a viúva, do detetive Bob Sparkes, chefe da investigação, cuja carreira é posta em xeque pelo caso, e da repórter Kate Waters, a mais habilidosa dos jornalistas que estão atrás da verdade, o romance de Fiona Barton é um tributo aos profissionais que nunca deixam uma história, ou um caso, escapar, mesmo que ela já esteja encerrada.

O livro A viúva conta a história de Jean Taylor, a esposa de Glen Taylor, que morreu atropelado há uns meses e, desde então, tem sua privacidade invadida por repórteres que querem falar com ela a todo custo. O interesse deles não é na morte de Glen, mas sim no que ele fez em vida: ele foi acusado de raptar e matar uma menininha de apenas dois anos de idade.

Como ele não confessou o crime e não haviam provas suficientes para incriminá-lo e prendê-lo, ele ficou solto até o fim de seus dias. Mas agora que ele está morto, talvez sua esposa abra a boca e fale sobre como era conviver com ele e se este realmente tinha culpa no cartório.

“Monstros raramente parecem com o personagem. Você espera ver o mal irradiando deles - isso tornaria o trabalho policial muito mais fácil. Só que o mal era uma substância fugidia, vislumbrada apenas de vez em quando, e muito mais horrenda por causa disso.”

O problema é que Jean é uma esposa completamente manipulada pelo marido, vivia em um relacionamento abusivo e não percebia; mentia pelo marido e o encobria sem se dar conta disso ou, melhor dizendo, tapava o sol com a peneira. Assim, mesmo depois de Glen estar morto, será difícil (mas não impossível) arrancar alguma coisa d'A viúva.

Acho que foi com esse livro que comecei a pegar raiva de livros com narrativa intercalada. Sério. Vocês que acompanham sabe que eu amo e acho que dá uma profundidade maior para a trama, mas os autores estão usando esse recurso de uma forma MUITO errada. Em A viúva, os capítulos são alternados entre a esposa do morto, o detetive que está investigando o caso há anos e uma jornalista que finalmente consegue conversar com Jean.

Os capítulos não seguem nenhum tipo de ordem cronológica. Em um momento é presente, dali a pouco já é passado, então é um tempo entre esses dois momentos, salta para o presente, volta pro passado, vai pra uma data em que aparentemente nada aconteceu. Resumindo: é confuso e faz um nó na mente. Provavelmente a autora quis instigar os leitores a continuar lendo, mas no meu caso só me fez passar raiva.

A protagonista é uma coitada. Sério, não consigo achar outra palavra para descrevê-la. Totalmente sem personalidade, sem graça, sem sal, sem nada. Viveu a vida controlada pelo marido e agora que pode simplesmente se libertar disso, ela continua leal àquele que tanto a magoou. Tenho pena, de verdade, mas na maior parte do tempo eu queria mesmo era esbofeteá-la.

“Viciados são mentirosos brilhantes, inspetor. Mentem para si mesmos e, em seguida, para todos os outros. Ficam em estado de negação em relação ao problema e são especialistas em inventar justificativas e colocar a culpa nos outros.”

A história dá todos esses saltos que eu falei e desde o começo já fica muito claro como aquilo vai acabar. Não há suspense, não há mistério, não há aquela vontade maluca de continuar virando as páginas para saber o que acontecerá a seguir, porque na verdade não acontece nada. Somos apresentados a algumas provas que poderiam incriminar Glen, outros pensamentos da esposa que ela dificilmente verbaliza e fica nisso. Um marasmo que dá sono!

Em suma, A viúva era um forte concorrente a aparecer aqui na coluna Abandonei sem dó, e eu só terminei por curiosidade, por achar que poderia haver uma reviravolta e ser surpreendida no fim. Isso não aconteceu e só passei raiva com esse livro. A avaliação 1,5 foi mais pelo esforço da autora, pela forma como a frieza de Glen foi bem construída e pelas duas excelentes frases que pude extrair da obra.

9 comentários:

  1. A opinião a respeito desse livro está sendo bem dividida, pelo fato de que alguns gostam muito, diz que a estória foi muito bem construída, e sua opinião a respeito e totalmente ao contrario. Porém e uma pena que você não tenha curtido a leitura, por ser muito previsível, e sem mistério e suspense. Confesso que antes mesmo de ler sua resenha já não tinha interesse de ler esse livro, agora fiquei ainda mais desanimada.

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  2. Oi, Kammy. É uma pena quando esperamos tanto de uma obra e ela não se mostra aquilo que pensamos. Eu não tenho problemas com histórias que não tenham reviravoltas, desde que a história seja bem construída, né? Eu vou tentar ler a obra mesmo assim, vai que eu goste.
    Beijo!
    Leitora Encantada

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  3. Kemmy!
    Gosto da narrativa intercalada, acredito que o problema não seja esse e sim o fato da cronologia não ser linear, porque dá a impressão que estamos perdidos na leitura.
    Uma pena que não tenha gostado.
    Que sua semana seja repleta de luz e paz!
    “A amizade, depois da sabedoria, é a mais bela dádiva feita aos homens.” (François La Rochefoucauld)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE MAIO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  4. Eu não sou muuuito fã de narrativa intercalada, mas às vezes cai bem. O que não suporto são essas com pessoas NADA A VER entre um capítulo e outro, e a falta de cronologia. Isso me irrita DEMAIS! É só confusão, e o leitor fica cansado antes de terminar o livro. Não sei como tu aguentou até o fim, persistente hahaha

    Beijos!
    http://tipsnconfessions.blogspot.com

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  5. Oi Kemmy! Tudo bom?
    Já passei por esses livros algumas vezes, mas não é o tipo de trama que me atrai. Odeio quando a narrativa é bagunçada e a linha temporal mais ainda; já é difícil me encontrar em histórias desse gênero, quando é confusa então e_e
    Que pena que a leitura não deu certo pra ti :/
    Decepção literária é sempre bem triste.
    Adorei a resenha, flor! Ótimo texto.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  6. Oi Kemmy, tudo bem? Eu acho que não é qualquer autor que consegue intercalar a narrativa e a falta de cronologia complica ainda mais as coisas, eu tb fico bem confusa, confesso rsrsrsr Que pena que não foi uma boa leitura, acho que não lerei no momento.

    BJs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  7. Eu gosto muito de livros que intercalam a história mostrando a visão dos principais personagens, mas realmente, quando o autor não consegue intercalar bem a história entre os personagens e deixa tudo muito confuso, dá uma raiva muito grande. Acho que nunca tinha ouvido falar desse livro e ele também não é um tipo de leitura que atrairia. É um pena que não foi uma boa leitura pra você!
    Beijo

    Me Cativastes

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  8. Nossa, pelo título e sinopse parece ser um livro bom. Eu adoro suspense, mas suspense sem suspense e ainda confuso... Prefiro não perder tempo rs!

    Beijinhos <3 Blog Tanamoda / LAYOUTS GRÁTIS / Grupo MBB

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  9. Oi Kemmy!

    Eu li esse livro e concordo 100% contigo. Estava a espera dessa leitura e arrastei o livro todo. Uma escrita chata e enrolada com repetições, vai e volta e nada acontece. Tedioso para uma trama policial e monótono para um suspensa. Uma história focada em um assunto importante como a pornografia e pedofilia, mas não foi bem desenvolvida. Cheio de pontas soltas com uma investigação fraca do crime, repleta de falhas detectadas por quem não atua na área. Uma esposa submissa que sonha com a maternidade, mas insensível ao ponto de não ter sua consciência afetada mesmo sabendo toda verdade... chegando ao limite da crueldade de culpar a mãe da vítima por negligência! Um final que na verdade já era o esperado pq fica claro logo de inicio e só terminei a leitura pra saber como aconteceu. Uma narrativa cansativa demais. Foi decepcionante mesmo.
    Eu achei que os capítulos intercalados iam ajudar a trama, mas não foi o caso. Dei nota 2, também pelo esforço da autora.

    Até mais. Kemmy!

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Os comentários passam por moderação, pois são todos lidos com muito carinho.

Ultimamente não tenho conseguido responder, mas retribuo as visitas de todos que deixam os links ao final do comentário. Beijos!