Oi, gente!
Andei sumida, né? Me desculpem. Realmente essa semana está bem corrida! Minha faculdade (que estava em greve) voltará em breve, então tô tentando me organizar e "correr" com as leituras enquanto estou ociosa, rs.
Comecei a ler os livros da maratona. Melancia (Marian Keyes) estou lendo em formato digital e estou decepcionada. Começou tão bem e de repente só desandou. Tá chato, arrastado, repetitivo. Só não abandono porque a) sou curiosa demais e quero saber o desfecho b) disseram que depois da metade melhora, e estou quase na metade. Fala sério, filha! só não terminei de ler antes por falta de tempo, porque... bem... leiam a resenha que entenderão :)
Fala sério, filha!
Autora: Thalita Rebouças
Editora: Rocco Jovens Leitores
Gênero: Infantojuvenil
Páginas: 216
Avaliação: 5/5
Conheci os livros da Thalita ainda na adolescência... lembrava-me vagamente de Maria de Lourdes, seus pais e suas peripécias. Quando recebi esse livro (ganhei na promoção Páscoa Literária, do blog Leitor Sagaz), sabia que seria diversão na certa.
Thalita tem uma escrita leve, fluida e incrivelmente divertida! São diálogos muito bem elaborados, situações constrangedoras - e a gente se vê nelas, o que é o melhor. Além de me ver nas situações, relembrando minha infância e adolescência, imaginei como será a minha filha, quando tiver uma.
Foi uma experiência muito gostosa ler esse livro. Me peguei tendo que conter o riso algumas vezes, para não acordar o namorado.
Ok, mas do que se trata o livro?
Fala sério, filha! é o sexto livro da série "Fala sério". Antes dele, vieram Fala sério, mãe!, Fala sério, pai! e outros. Maria de Lourdes é a filha, Ângela Cristina é a mãe e Armando é o pai. Esse sexto livro é a "vingança" dos pais de Malu por todas as suas proezas ao longo de 21 anos de vida. Permeado por muita ironia, diálogos absurdamente reais e a certeza do amor presente nessa família, esse é um livro mais do que recomendado!
"- Obedece, concorda com tudo. O segredo é não contrariar a mulher. Esse negócio de hormônio mexe demais com elas. Quando der vontade de xingar, xinga, mas xinga mesmo, com vontade. Só que em pensamento. Não é a mesma coisa, mas dá um alívio..." - Pág. 7
São mais de 50 crônicas, desde que Maria de Lourdes tinha seus seis meses de idade até os 21 anos. Curtas, objetivas, irônicas, divertidas. Não sei dizer o que foi melhor: relembrar cada fase da minha vida (e rir muito com isso), ou perceber tudo que minha mãe já fez e com certeza ainda fará por mim. Isso sem falar nos pensamentos que tive sobre como meus filhos serão e como eu serei com eles!
Os "capítulos" são intercalados entre Ângela Cristina, Armando e alguns poucos são narrados por Maria de Lourdes.
"Ter filhos pequenos é assim. Uma surpresa diária. O problema é que devíamos nos acostumar com o fato de que crianças fazem e dizem bobagens o tempo inteiro." - Pág. 46
Pode parecer uma "reles" leitura despretenciosa, mas essa foi além! Como eu disse anteriormente, todas as crônicas me fizeram refletir pelo menos um pouquinho. Passado, presente e futuro se mesclaram de uma forma deliciosa! Thalita cumpriu direitinho o papel de nos divertir com as crônicas de Malu ("Maria de Lourdes!", como diria Ângela Cristina)
"[...] é tão lindo ver a sua carinha saindo da escola.
Mentira! Ela saía com uma cara de tédio que só piorava quando seu olhar cruzava com o meu ou com o do pai. Essa cara de tédio, aliás, é uma constante a partir de uma certa idade. Os filhos são simplesmente seres humanos entediados. Ó, ceus. Ó, vida! Realmente, é muito dura a vida dos adolescentes! Eles não têm conta pra pagar, não têm quase nenhuma responsabilidade, não lavam, não passam, não cozinham, não cuidam da casa, não se estressam com chefes, com clientes..." - Pág. 134
Sobre os aspectos físicos: a diagramação tá simples, mas bem bonita. Cada abertura de uma "nova idade" tem os desenhos de flor que constam na capa. Falar nela, o título e o símbolo da Rocco estão em alto relevo! Lindo, lindo. As orelhas são maiores que o normal. A da capa traz Maria de Lourdes discutindo com sua mãe por causa do livro. A de trás fala um pouco sobre a Thalita (ela tem 40 anos, gente! 40 anos! Eu daria 28, no máximo!). As folhas são brancas, mas a leitura é tão gostosa e dinâmica que não me atrapalhou em nada. As letras estão em um tamanho bem agradável e o espaçamento é bom.
Resumindo: livro mais do que recomendado!
Alguém já leu ou ficou com uma vontadinha de ler? Me contem! Levem em consideração que eu estou quase desistindo de um livro da Marian Keyes, hein? Chega desse preconceito com a literatura brasileira!
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