Divergente
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Gênero: Distopia
Páginas: 502
Avaliação: 5/5
No meu último post eu pedi pra vocês escolherem qual seria a próxima resenha aqui do blog. Foi uma "disputa" bem acirrada, resultando em 7 votos para Divergente e 5 votos para Como falar com um viúvo. Portanto, já sabem qual será a minha próxima resenha, né?
Sem mais delongas, vamos falar sobre essa aventura distópica incrível.
Eu comecei errado: assisti o filme, me apaixonei e só depois li o livro. Mas até que foi bom, pois do contrário eu talvez nem desse uma chance pra essa trilogia. E é muito bom ler o livro podendo imaginar exatamente cada cena. O filme é BEM fiel ao livro!
Narrado em primeira pessoa, nossa protagonista é Beatrice Prior. O ambiente é uma Chicago futurista, onde a sociedade foi separada em cinco facções - Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza - de acordo com o que consideram mais importante como virtude. Beatrice nasceu na Abnegação, que tem como virtude o seu altruísmo. Mas ela sente-se deslocada, criticando seus hábitos em diversas passagens e se perguntando se realmente pertence àquela facção.
Depois que completam dezesseis anos, todos os jovens devem passar por testes de aptidão que irão definir qual facção é a mais indicada para cada um. A partir dos resultados, deverão decidir se continuarão com suas famílias ou se serão transferidos.
"Nas manhãs em que meu irmão prepara o café, a mão de meu pai acaricia meus cabelos enquanto ele lê o jornal e minha mãe cantarola ao limpar a mesa - é justamente nessas manhãs que eu me sinto mais culpada por querer deixá-los"- Pág. 9
Durante o teste de aptidão, Beatrice recebe um resultado raro e é avisada que corre perigo. A partir desse momento, todas as decisões que tomar poderão mudar o rumo de sua vida. Ninguém deve comentar sobre seus resultados - principalmente ela - o que torna sua escolha no dia seguinte ainda mais difícil. Beatrice deve honrar seus pais e ficar com eles, mesmo que isso não seja o que ela realmente deseja, ou seguir seus próprios instintos e correr o risco de ser rejeitada por sua família pelo resto de seus dias?
Tudo o que a protagonista pensava nos levava a crer que ela seria transferida. E foi o que ela fez, escolhendo a Audácia como novo lar. Isso significou um novo começo, inclusive um novo nome: Beatrice decide que será chamada de Tris. Mas o que parecia ter sido a decisão mais sábia a ser tomada se mostrou uma fonte de problemas. Os iniciandos devem passar por diversos testes para provar que merecem estar aonde estão e quem não merecer vira um sem-facção. Tris é pequena e fraca e não apresenta um grande potencial para permanecer na Audácia, mas isso começa a mudar quando ela se aproxima de seu instrutor, Quatro.

Fora do complexo da Audácia, a líder da Erudição, Jeanine Matthews, faz de tudo para destruir a Abnegação, alegando que seus líderes não deveriam estar no poder. Capaz de artimanhas e mentiras para reforçar sua teoria, Jeanine publica artigos difamando a facção rival. Mas será que todos os artigos são falsos? Outro de seus planos é destruir os conhecidos como Divergentes. Mas quem são eles e que mal podem trazer à sociedade? E Tris, vai conseguir superar seus medos e fraquezas para conseguir permanecer na facção que escolheu, ou seu destino é tornar-se uma sem facção? Essas são algumas das perguntas que vão sendo respondidas aos poucos. Como eu já tinha assistido ao filme, não tive grandes surpresas. Ainda assim, foi uma leitura incrível! Muitas coisas que não são explicadas no filme são bem detalhadas no livro.
Permeada por conflitos políticos, rivalidades, dúvidas, injustiças e - por que não? - romance, Divergente é uma obra distópica muito bem construída. Vamos acompanhando o amadurecimento de Tris e a forma como ela lida com as novas situações que surgem a cada momento. Por vezes, senti vontade de entrar no livro e dar uns tapas na cara dela e eu realmente gosto muito disso, pois significa que eu consegui me conectar com a personagem. Muitas pontas ficam soltas ao fim desse primeiro livro, o que me fez agradecer aos céus por já ter os dois próximos volumes em mãos, ou eu sei que ficaria louca esperando por eles! Aliás, já estou na metade de Insurgente.
Quanto à diagramação, as folhas são amareladas, com uma boa margem e as letras estão em um tamanho bem agradável. Os capítulos têm cerca de dez páginas cada e eles passam tão rápido que eu nem percebia a velocidade com que estava avançando na história. A escrita de Veronica é fluida, apesar de eu ter que reler alguns trechos para conseguir visualizar bem a cena. Encontrei alguns erros de revisão, mas nada que atrapalhasse a leitura. A capa tem o título e nome da autora em alto relevo ♥
Algumas considerações:
► Essa é a primeira resenha que escrevo em meses. Fiquei com medo de revelar mais do que deveria da história e, como estou lendo Insurgente, não lembro bem aonde termina um livro e aonde começa outro. POR FAVOR, comentem aqui embaixo o que acharam da resenha. Faltou algo? Sobrou algo? Todo elogio e crítica construtiva são bem-vindos!
► Me desculpem pela péssima qualidade das fotos de celular. Pegaram minha câmera emprestada há meses e ainda não devolveram ¬¬
É isso! A próxima resenha será do livro Como falar com um viúvo, ok? Vou tentar fazer as resenhas logo que terminar a leitura para não ficar desnorteada como fiquei com Divergente.
Beijos!