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26/02/2017

{Resenha} Nove regras a ignorar antes de se apaixonar - Sarah MacLean

26/02/2017
Título: Nove regras a ignorar antes de se apaixonar (Os números do amor #1)
Título original: Nine Rules To Break When Romancing a Rake
Autora: Sarah MacLean
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Páginas: 384
Skoob
Avaliação: 4/5
A sonhadora Calpúrnia Hartwell sempre fez tudo exatamente como se espera de uma dama. Ainda assim, dez anos depois de ser apresentada à sociedade, ela continua solteira e assistindo sentada enquanto as jovens se divertem nos bailes. Callie trocaria qualquer coisa por uma vida de prazeres.
E por que não se arriscar se, aos 28 anos, ela já passou da idade de procurar o príncipe encantado, nunca foi uma beldade e sua reputação já não lhe fará a menor diferença? Sem nada a perder, a moça resolve listar as nove regras sociais que mais deseja quebrar, como beijar alguém apaixonadamente, fumar charuto, beber uísque, jogar em um clube para cavalheiros e dançar todas as músicas de um baile. E depois começa a quebrá-las de fato.
Mas desafiar as convenções pode ser muito mais interessante em boa companhia, principalmente se for uma que saiba tudo sobre quebrar regras. E quem melhor que Gabriel St. John, o marquês de Ralston, para acompanhá-la? Afinal, além de charmoso e devastadoramente lindo, ele é um dos mais notórios libertinos de Londres.
Contudo, passar tanto tempo na companhia dele pode ser perigoso. Há anos Callie sonha com Gabriel e, se não tiver cuidado, pode acabar quebrando a regra mais importante de todas – a que diz que aqueles que buscam o prazer não devem se apaixonar perdidamente. 

Vou começar dizendo que eu não tinha certeza se esse era um romance histórico ou romance de época. Eu achava que era de época, mas tive que confirmar com a explicação (ótima!) da Paola, do Livros & Fuxicos.

Confesso que tinha uma birra com os romances de época - na verdade não gosto muito de romances em geral -, mas esse conseguiu ganhar meu coração. Não completamente, mas foi uma leitura bastante prazerosa.

Lady Calpúrnia Hartwell (ou Callie) acredita no amor. Por isso e pelo fato de se achar totalmente fora dos padrões para a época em que vive, ela tem 28 anos e é uma solteirona com reputação imaculada. Nunca sequer beijou alguém. Não é tirada para dançar nos bailes e acaba ficando com as velhas amarguradas que não se casaram.

Chega o momento em que ela se cansa dessa vida e dessa reputação perfeita e decide fazer uma lista com nove das coisas que os homens fazem e que ela também gostaria de fazer. Ora, só porque é mulher, não pode? 

"É uma pena que as mulheres não possam nem provar as experiências às quais os homens não dão valor."

Então, com a ajuda de sua criada Anne ela começa a riscar os itens da lista. O primeiro deles diz respeito a beijar alguém. E quem melhor que o Marquês de Ralston, por quem ela é apaixonada há uma década? Assim, no meio da noite, ela resolve que é uma boa ideia visitá-lo e pedir para que ele a beije. Ele aceita, mas com uma condição: ajudar sua meia-irmã a ser inserida e aceita na alta-roda.

"Beijos não devem deixá-la satisfeita. Eles devem deixá-la querendo mais."

Ralston é um libertino conquistador que precisa dar um jeito em sua reputação quando descobre que tem uma meia-irmã e que essa precisa de uma família que não esteja constantemente envolvida em escândalos. Além disso, precisa encontrar alguém que a ensine os bons modos dos londrinos, e então Callie simplesmente aparece em seu quarto em uma madrugada...

Depois de completar esse primeiro item, Callie trata de começar a riscar os outros. No entanto, parece que Gabriel sempre acaba se envolvendo em tudo que ela decide fazer. Sob a promessa de deixá-lo ajudar a completar a lista, os dois se aventuram em mundos completamente desconhecidos para ambos.

... ...

Romances têm aquele "dom" de serem perfeitamente previsíveis do início ao fim e é por isso que, em geral, eu fujo deles. Gostaria muito de dizer que esse fugiu da previsibilidade, mas estaria mentindo. Sim, eu adivinhei 99% do que aconteceria. Sim, me surpreendi em pouquíssimos momentos. Mas ainda assim foi uma leitura bem gostosa de se fazer.

No início eu estava meio brava porque não entendia a hierarquia da aristocracia europeia. Marquês? Conde? Duque? Barão? Aí achei esse link da Mundo Estranho e pronto, a leitura fluiu melhor. 

O que eu amei logo de cara foi o fato da mocinha não ser nada submissa e, pelo contrário, querer quebras as regras impostas a ela durante toda a sua vida e se aventurar, viver de verdade. Amei a atitude de Callie em todos os momentos e queria demais ser como ela.

"A curiosidade é a centelha do desejo"

Gabriel St. John - Marquês de Ralston - é encantador. Cafajeste, mas encantador. Ele tem um passado infeliz e por isso não acredita no amor, levando uma vida de libertinagem e devassidão. Num primeiro momento, não percebe o que Callie é capaz de fazer em sua vida mas é claro que isso vai mudando ao decorrer da história.

Algo que não me agradou foi o fato do romance girar em torno apenas do romance. Digo, há alguns panos de fundo, claro, mas eles poderiam ter sido melhor trabalhados para evitar a lentidão no desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas. Há a inserção de Juliana, a meia-irmã de Ralston, na sociedade; há o Barão de Oxford tentando convencer Callie a se casar com ele; há o casamento iminente de Mariana e o duque de Rivington, mas essas tramas são bem superficiais, tendo o foco sobre Callie, sua lista e as loucuras que faz para completá-la. 

"Casamentos nascidos de arrependimentos e erros não davam finais felizes adequados."

De qualquer forma, é encantador ver o quanto os personagens principais amadurecem e mudam a forma de ser até o fim do livro. Ela passa de uma moça com reputação intocada, personalidade passiva e sem-graça para uma mulher aventureira, lasciva e dona de si. Ele passa de libertino devasso para homem apaixonada por quem jamais imaginou.

Uma leitura clichê? Sim. Mas o amor é clichê, não é? Portanto, recomendo Nove regras a ignorar antes de se apaixonar para quem ama um romance fofo com doses de erotismo, além de se encantar com mocinhas fortes e independentes com roupas incrivelmente bonitas (fiquei desejando demais os vestidos das ladies).

E que venha o Dez formas de fazer um coração se derreter!

Top Comentarista fevereiro 2017

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9 comentários:

  1. Oi! Mesmo que os romances de época não fujam do clichê, eu não consigo não gostar deles. Simplesmente vejo um e vou devorando, e olha, a Callie é uma das minhas personagens favoritas! Ela é fofa, inocente, determinada e apaixonante. Eu amei esse livro!
    Beijo, http://leitoraencantada.blogspot.com.br/

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  2. A sinopse começa como muitas de muitos livros históricos, a mocinha que é educada e reprimida e é considerada feia, não consegue casar e é a solteirona. Pensei que era só isso a história e fiquei logo desanimada, mas aí aparece a tal lista na sinopse e eu "Olha só..." bem interessante! Apesar de muito improvável pra época né. Mas lógica a parte parece bem divertido acompanhar a trajetória dela tentando realizar esses desejos que pra uma mulher nesse século é impossível. E tem a figura do famigerado libertino, que por mais que já esteja saturado nos livros histórico, sempre rende uns romances clichês gostosinhos. Eu leria sim!

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  3. Birra com romances d época eu tbm tenho um pouco, mas amo todo o resto do gênero rsrs
    Amo essa de quando o casal se junto e justifica isso com alguma missão *_* quero muito o livro e estou curiosa pelos outros volumes

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  4. Olá Kemmy, tudo bem?
    Esses romances são sempre clichês, hahaha. Mas mesmo assim, amo as histórias.
    Adorei a resenha!
    Beijos!

    Http://excentricagarota.blogspot.com.br

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  5. Gostei do livro pois relata uma personagem bastante madura, diferente de muitos livro por ai
    Ainda mais obra com pegada mais de época, como esse. Por esse motivo, acredito que eu irei gostar sim
    Justamente pela autora sair do comum, e isso ganha muito ponto no assunto criatividade. Espero conhecer mais
    sobre essa mulher madura e vivida, onde a figura feminina é forte

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  6. Kemmy!
    Bom ver que um romance de época traz personagens aparentemente previsíveis, mas que amadurecem no decorrer da trama e é o mais interessante na leitura, já que amo romances de época.
    A única observação que tenha a fazer é: que nome é esse? Calpúrnia? Fala sério!
    Bom carnaval e moderação, hein?
    “Não basta saber, é preferível saber aplicar. Não é o bastante querer, é preciso saber querer.” (Johann Goethe)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  7. Não gosto tanto de romances de época, mas este é um que tenho curiosidade em conferir. Me simpatizei por essa protagonista, e achei bem hilária essa ideia da lista, imagino que ela deva ter se metido em várias confusões. Já fiquei torcendo pelo casal. Ótima resenha.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  8. Aahhh ao contrário de você, eu amo romances e de época então, meu favoritos, estou louca para ler esse livro, pois me parece ser muito divertido, e nossa protagonista é um tanto ousada em fazer essa lista de coisas que quer fazer.
    Beijos *-*

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  9. Oi, kemmy!!
    Adoro romances de época. Gosto mas ainda quando a mocinha foge do padrão da sociedade!! Fiquei bastante interessada em ler esse livro é conhecer mais sobre a Calpúrnia!!
    Beijoss

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Os comentários passam por moderação, pois são todos lidos com muito carinho.

Ultimamente não tenho conseguido responder, mas retribuo as visitas de todos que deixam os links ao final do comentário. Beijos!