Relacionar-se afetivamente nos
tempos de hoje tem se tornado uma eterna fuga de futilidades; o quão nos faz
bem ver um casal que demonstra seu amor na essência, na simplicidade e nos
gestos puros de quem não se importa com o mundo ao redor, pois encontrou a quem
a amar, pois encontrou o porto seguro onde pode se ancorar, mas também encontrou
a quem pode navegar junto ao sabor dos ventos da vida.
Vivemos numa incansável busca de
alguém para amar, porém muitas são as vezes que buscamos o amor apenas nas
aparências, no que o outro pode nos oferecer física ou momentaneamente,
nas baladas, nos jantares, nas viagens, nos rostos e corpos bonitos que
desfilam pelas ruas como se não houvesse ninguém melhor, como se nada os
pudesse abalar.
Nos acorrentamos à aparências e
nos impedimos de viver bons momentos ao lado de pessoas pelo medo do que os
outros estarão pensando sobre isso, omitimos os bons momentos que partilhamos
pelo medo da língua alheia, não demonstramos o que sentimos verdadeiramente
pelo simples fato de passar verdade nisso, pois não queremos nos "aprisionar" a
alguém que nos faz bem; precisamos continuar buscando aquele que nem nos nota,
aquele que tem o rosto ou o corpo mais bonito, que tem o melhor carro, o melhor
emprego, as melhores amizades, frequenta os mais caros e badalados lugares,
pois é claro, buscamos alguém para colocar na vitrine e expor por aí, afinal
não devemos “usar” qualquer coisa.
Vamos para as baladas e saímos na
caça dos rostos mais interessantes e nas melhores pegadas, ao chegar em casa
nos deparamos com um saldo muitas vezes super positivo: seis ou sete beijos
diferentes, vários perfumes na roupa, vagas lembranças dos rostos ou sequer dos
nomes. No dia seguinte sequer uma mensagem de “bom dia”, pois estávamos muito
mais preocupados com os corpos não é mesmo? Nas nossas “notificações” há
sempre um carinho daquele se preocupa conosco e nos quer ver bem, e nós muito
bem ignoramos ou friamente respondemos, pois por mais que o ser nos faça bem,
não podemos dar o braço a torcer para o sentimento.
Um brinde à futilidade, à frieza,
às aparências e a todos nós que vivemos disso!
Robson!
ResponderExcluirTexto para ser refletido em profundidade...
Infelizmente os relacionamentos tem se tornado mais fugazes devido as futilidades...
Parabéns pela inspiração...
Um final de semana de muita inspiração e paz no coração!
“Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou.” (Richard Bach)
Cheirinhos
Rudy